segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Coiso......





Na vida, tal como nos blogues...... Ou nos blogues tal como na vida..... Nos Blogues não, na escrita... Sim na escrita está melhor.... Na vida tal como na escrita.... Ou será na escrita, tal como na vida... Será a escrita um reflexo da vida ou a vida um reflexo da escrita? ..... Não um reflexo não pode ser porque um poeta é mentiroso, exagerado e sonhador, ladrão de palavras doces..... A não ser que vivas a tua vida tal como as letras do poeta, soltas e dispersas no tempo.....

Há mesmo dias em que não nos ocorre merda nenhuma.....

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A poesia é uma sopa de letras....

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sra. Aí e Sra. Uí (é a crise....)


 (Medicação anti-crise, ver duas a três vezes por dia!)

As if.....

Iniciar um texto com uma expressão em inglês, com uma frase conhecida ou qualquer outra calinada fica sempre bem... (ou é algo já empiricamente ligado ao nosso pensamento positivo e de aceitação.)

A nossa vontade diária de afirmação  mental e social ,  tem vindo a causar uma mutação  psicológica  e de mentalidade racional em cada um de nós. ( Quando supostamente seriamos um ser individual e com características únicas).

Sinto a sociedade de hoje como uma sopa de espargos, entrelaçada e amontoada numa panela de ferro ao lume (tipo sopa de letras mas com espargos).

Aos problemas diários respondemos normalmente em um só voz e reacção. O problema global da crise é em grande parte uma prova assustadora disso mesmo. Veja-se por exemplo a resposta do nosso povo (que quer queiras ou não somos todos nós!) fadista, a este contratempo. Estamos em crise, facto adquirido, mesmo que a nossa conta pessoal transborde saúde (ou as entranhas situadas entre o colchão e o estrado), estamos em crise e ponto final. Logo, à que colocar as orelhas de burro cansado e triste, respirar profundamente e largar aos sete ventos o quão deprimente e assustadora é a nossa passagem pela crise.....

Veja-se por exemplo o dialogo seguinte (entre a senhora Aí e a Senhora Uí) que não foi retirado de nenhuma praça portuguesa, mas podia muito bem ter sido:

-Ai, Maria que esta crise me mata!

-Ui, e eu que estou falida....

-Aí, ainda por cima o Manel que está tão mal!!! 

-Uí, e o meu que tem uma ursa no estogamo e afarta-se de esgomitar!

-Aí, o meu ainda está pior, vê lá tu que tem um câncer na aposta!

-Uí, e os bicos de papagaio....

-Aí, a couve está tão cara!

-Uí, e os transgénicos que fazem crescer as couves e matam os caracóis de cansaço! 

-Ai, valha-nos Deus que nos ajuda tanto (mesmo sem nos pagar o iva e as retenções na fonte!)

-Uí, e o Saramago que não sabe o que diz e só escreve merda!

-Aí, é verdade sim senhoras, esse grande F#$%$% da P$%$% que o p#"#$!

-Uí, blasfémias!

-Ai, ...... É a crise é a crise........

-Uí, ..... Pois é pois é!





 Até me queria despedir..... Mas estou tão deprimido que nem consigo........

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

100 palavras e um cigarro


Gosto do encaixe e de poder encaixar na perfeição aquilo que podes chamar: Um perfeito cabrão  romântico (o outro cabrão, o cabrão que não é corno) .
Hoje quero o sabor da carne, vou beber de teu cheiro, chafurdar em teu corpo entregue a meus dentes.
Falamos depois. As palavras hoje, apenas hoje são complementos absurdos, pormenores dispensáveis que entranham e atrasam a minha fome...
Quero, sem saber teu nome.
Quero sem uma palavra, no fim do cigarro...

 
.... Sim eu sei, no final do cigarro apagado sacudo a roupa e sigo caminho.
Sei que (hoje) não gostas das coisas banais que debito. Das falas que gosto de ter e partilhar contigo, olhando nos olhos, beijando nos lábios e espalhando magia...
Hoje sou objecto, sou os 5 para um com companhia. A mão que te acompanha em dias como este, mão em forma de gente, com muito mais que apenas os 5 marmanjos esganando com força...
Depois de explodir, depois de gritares cravando-me as unhas no corpo...
Apago o cigarro.....


Até amanhã

domingo, 1 de novembro de 2009

Um dia tinha mesmo de ser....


 Nuno Almeida 2005

A inocência tende a dispersar-se na poeira do caminho.


Somos o que vemos, espelhamos as conversas loucas da mesa de bar, o fluxo fresco e efervescente da cerveja passeando em grande estilo na garganta. As historias melodramáticas das paixões, os encontros e desencontros do abraço e do beijo perfeito, formam em ti, em mim e nos outros uma conjuntura clara e definida...


 Hoje, tal como no dia de verão em que calor era muito(ver link), começo um caminho. Uma nova pagina de historia cheia de histórias da minha historia, da historia do bar, das noites de verão, da força e descrença da historia da historia da minha vida...


Tal como nesse dia:
Assim nasceu a Fé dos Descrentes

Mas hoje eu sei a razão....